Baba

Luzes, câmara, acção: o espectáculo que é o primeiro ano de vida de um ser humano é maravilhoso. No caso da nossa Emita, bem, faltam pouco mais de 15 dias para o primeiro aniversário. Mais incrível ainda é a rapidez das mudanças, das conquistas do dia-a-dia. Das pequenas coisas. É claro que nos enche de baba - é assim, não há volta a dar.

De um momento para o outro, ela passa a conseguir fazer coisas que requerem um raciocínio cada vez mais complexo. Nunca deixa de me surpreender. Mesmo se a irmã, a Gabriela, já completou os seus 18 anos, e passou por todas estas fases. 

Em cada mudança no ciclo da vida delas há surpresa, na verdade. E são tão intensas que muitas vezes nos esquecemos das anteriores. Disse isso ao Rui, quando ele me perguntava se tinha sido assim com a Gabi. E eu até tomei conta dos meus sobrinhos quando eram pequeninos. Mas, com cada humano, é sempre a primeira vez. São todos diferentes, e é um espectáculo vê-los crescer.

Por exemplo, até há pouco tempo, a Ema rastejava pelo chão, e só mexia uma pernita para avançar. De repente, eis que passou a levantar as duas duas perninhas que só-apetece-apertar e a gatinhar feita louca pela casa toda, indo onde quer. Felizmente, até é cuidadosa (glup!). Também já se levanta num ápice. O mais difícil mesmo, ah pois é, é sentá-la ou deitá-la quando decide que a posição vertical de homo sapiens é melhor ou prefere andar – ainda com a nossa ajuda, claro- mas não há-de faltar muito. Até porque já começou a treinar levantar-se do chão sem apoio.

Depois há as diferenças que nos tornam únicos, o temperamento. Tanta coisa. Cá em casa, costumamos jogar às escondias e à apanhada e é absolutamente maravilhoso vê-la a mexer-se toda e a dar aquelas gargalhas boas de bebé, enquanto arrasta o seu peluche preferido com ela, o “Cacá”.

Adora música, ouvir e fazer sons, e de dançar. Se gosta. É tão fofa quando começa a abanar-se toda!

E há a fala, claro, que também já usa muito para comunicar. Diz “olá”, de longe a palavra mais repetida, mamã e papá quando lhe apetece. Tenta – e também isto foi assim de repente, nada mais que de repente, imitar as palavras e os sons que ouve: o muuu da vaca, o oinc oinc do porquinho, dos animais dos seus livrinhos.

Acorda muitas vezes de noite (ainda!) e, porém, de manhã, mesmo quando temos de a acordar para ir para a creche – o limite é às nove e meia -, logo se ri e fica toda feliz. A alegria dela é tão pura e tranquila. que mais podem os pais desejar?

É uma bebé bastante sociável, adora meter-se com os outros meninos. Observa o Xavier, o seu amigo mais velho, quase quase a fazer três anos, com uma adoração bonita de ver. Até já tocaram bombo e tambores juntos.

Reconhece os seus, sabe quais as caras conhecidas e desconhecidas, e é muito mas mesmo muito observadora. E é a mais linda de todos os bebés do mundo inteiro e arredores. Isto não tem nada que ver com ser mãe dela, of course. Sei ser independente. Tenho dito!

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