Balasterra
Primeiro, o nome. Chama-se Balasterra.
Escolhido em Milão, numa busca a dois e num feliz
encontro de ideias a partir de um dos meus sobrenomes – precisamente o que tem acompanhado
toda a minha vida profissional, Balasteiro. Escolhi-o logo aos primeiros textos
ou talvez ainda antes, por pertencer tanto ao meu pai como à minha mãe, o
Joaquim e a Maria Poça.
Balasterra é um laboratório, que soma a identidade
da sua criadora com a Mãe, a nossa, de todos: a Terra. E tem, também, às vezes, um
gato, chamado, precisamente Terra.
Na
verdade, o nome do atelier vem de um amigo antigo, que me chamou sempre simplesmente de
Balastierre, o Joaquim Roberto. Sou eu a Balastierre. Ainda hoje me chama
assim.
Ao
António Branco, que me acompanha na vida e, no início do ano, os passos entusiasmados pela capital da moda, Milão, devo a versão escolhida: Balasterra.
É meu, é português e é verdadeiro. Vem das minhas raízes
nesta terra além do Tejo, que escolhi há pouco mais de dois anos para viver e dar amplitude de horizontes, a mim e à pequena
Ema.
Explicava
eu o que é o Balasterra. É um atelier de experimentação, de ideias, de busca.
Onde pretendo criar textos e roupas, e esboços e remendos, afinal tão parecidos
no processo e nos resultados, mesmo sem o parecer à primeira vista.
As
duas paixões da minha vida misturam-se incrivelmente bem, como Balas e
Terra: a escrita e a costura. Ambas compõem uma espécie de puzzle
traduzido, a medo ou ousadia, conforme o momento, e o caso, pelas minhas
mãos.
Até há
bem pouco tempo, este atelier era um laboratório dedicado sobretudo à minha
paixão de sempre, a escrita e, por isso, de alguma forma, apenas virado para dentro. De mim,
da minha timidez. Até surgir, num daqueles acasos bonitos da vida, alguém a
pedir-me um trabalho.
Completo o primeiro projeto de um desconhecido, decidi abrir finalmente. Experimentar o mundo, porque, no final do dia, pouco ou nada somos nada sem ele e, mais cedo ou mais tarde, temos de mostrar o amor pelo que fazemos.
Como
disse no início deste texto, o Balasterra trata-se de um laboratório, um ateliê, que está,
como eu, a dar os seus primeiros passos. Apenas posso prometer muito amor e dedicação:
contar histórias de quem as quiser contar e deixar para a eternidade. E
costurar o que houver o que houver para costurar.
Com
muito gosto e vontade de servir, está pois apresentado o Balasterra, feito
de histórias, de palavras e tecidos, e muita humildade para aprender e crescer,
a partir de Portel. Sintam-se bem-vindos a este começo.
Até já,
Sónia
Balasteiro
Balasterra
Tel: 962263164
Email: balasterra.atelier@gmail.com
Blogue:
balasterra.blogspot.com




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