Dez meses, três semanas

Diz olá, a sua palavra preferida, mamã e, claro, dá dá. Pula de alegria, rasteja pela casa toda e de manhã encontramo-la em pé na cama a chamar e a repetir “olá, olá”, a rir. Parece que vai rebentar de alegria com a nossa chegada ao quarto. O desenvolvimento da Emita parece ter acelerado nos últimos tempos. Já tem quatro dentinhos, dois em baixo, os primeiros, e dois em cima, e se ela morde, quando lhe ponho o gel com o dedo na boca.

A biologia é uma cena do caraças.  A miúda não nos deixa dormir uma noite inteira há mais de dez meses e ainda babamos com cada conquistazinha dela. Até com as piadinhas à mesa, pelo menos nas primeiras vezes. É como diz a madrinha Carina: incrível ver as roldanas todas a começar a funcionar.

A Ema é muito, mas mesmo muito impaciente quando se aproxima a hora de comer. Não tolera muitas delongas, mesmo se me está a ver a preparar a comida à sua frente. Quando começa de facto a lambuzar-se, é um regabofe. Antes, abria a boca e já está. Agora não. Duas ou três colheradas de sopa e já está a ver o que há-de fazer para se distrair: abrir e fechar a porta da cozinha, mesmo ao lado da sua cadeirinha; jogar ao cucu com o babete todo sujo, tentar colocar o indicador na comida ou fazer desenhos com a que cai na mesa. Ou… por outra colher na boca, virar-se toda para trás… sei lá, as possibilidades são infinitas. Era tão mais fácil se fosse só biberão! E isto, bem sei, é só o começo. E come tudo, lá isso come. Depois lavar os dentes e caminha. Continua a ficar sozinha no seu berço, com o seu brinquedo favorito, o que é muito pouco habitual, dizem-me, em bebés da idade dela. Não sabemos até quando.

Depois já brinca bastante sozinha, se não me vir a passar, e fica muito séria a olhar para as pessoas e coisas novas, a observar. Também adora música – desata logo a dançar, e fazer barulhos, descobri-los. Com a maraca oferecida pelo Xavier, com as colheres, com as mãos. Acho que só bate as palmas por causa do som e não porque nós lhe pedimos. É de facto, todo um mundo novo. Um infinito de vida para descobrir e desfrutar.

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