Dorme, dorme, minha menina
Já tenho receio de o dizer mas parece que é desta. Parece. E não, não lhe demos melatonina. Apenas seguimos um método que eu preferia não ter de seguir. O velho, velhinho deixá-la chorar. Com minutos contados, primeiro três, depois cinco, depois sete. O limite foram 17 minutos ao sétimo dia, e ela chegou a usá-los todinhos.
Misturámos o método com outro que nos tinha sido sugerido por uma amiga de substituir o leite que a Emita bebia de noite por água. Porque ela já não tinha qualquer necessidade de acordar para comer. E isso acontecia de duas em duas horas, como se fosse uma recém-nascida. Isto para além de todas as vezes em que acordava só por causa da chucha ou outra coisa qualquer. Desconfio que também fosse por ter comichão no pescoço, devido à sua pele atópica. Por isso agora encho-a de creme antes de ir dormir.
Acho tão difícil o que aguentámos durante tantos meses. Se bem que tenho uma amiga que relata o mesmo problema com os seus dois filhos, uma de três anos e outro de quase dois. Mas é difícil mesmo, uma tortura. É uma sorte tremenda acertar no método que funciona com os nossos filhos. Para mim, foi muito difícil executar este do livro 'Dorme, dorme, meu menino' e cheguei a duvidar, não vou mentir. É horrível para qualquer mãe ouvir o seu bebé a chorar. E questionei-me muitas vezes se não estaria a marcá-la para sempre e a ditar logo ali a necessidade de recorrer a um psicólogo que grassa em toda a humanidade. Ainda por cima, como já não dormíamos há meses, o nível de tolerância era bastante inferior ao normal. E eu a deixar de fumar. Por algum milagre, aguentei firme. Na verdade, para sentir que não a tinha feito sofrer em vão. E de repente funcionou. A Ema não dorme a noite inteira, as tais 11 horas seguidas de que fala o livro. Acorda uma ou outra vez. Pela chucha e, um pouco antes das sete, para o pequeno-almoço. Não lhe daria melatonina. Aparentemente, desconhecem-se os efeitos a médio, longo prazo. Temos de ter mil cuidados com o que damos às nossas crias e com as modas.


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